sexta-feira, 12 de novembro de 2010

GENE LIGADO A DOR CRÔNICA É DESCOBERTO


Cientistas de vários países descobriram o primeiro gene ligado à dor crônica. O gene foi identificado na drosófila, aquela mosca de fruta. Depois, foi estudado em ratos e, finalmente, analisado em humanos.

Chama-se Alfa-2-Beta-3, que confirma algo que pesquisas médicas começaram a indicar anos atrás, que é a importância das diferenças genéticas na forma como o cérebro processa a dor crônica.

Estudos feitos com gêmeos, por exemplo, mostraram que cerca de 50% das variações na sensibilidade à dor são hereditárias.

Até variações pequenas no Alfa-2-Beta-3 mostraram uma diferença grande no nível da dor sentida pelas pessoas, seja ela provocada por queimaduras ou por problemas crônicos na coluna, por exemplo.

Isso acontece porque o gene regula a passagem de partículas de cálcio pela membrana das células. E essas partículas são essenciais para controlar a transmissão, pelos neurônios, dos sinais da dor até o cérebro.

A descoberta é uma boa notícia principalmente para os 20% da população mundial que sofrem com dores crônicas. Existem mais de 500 outros genes que estariam ligados à dor e ainda precisam ser estudados.

Novos analgésicos, muito eficazes, poderão ser desenvolvidos à medida que a medicina entenda cada vez mais como a dor é levada pelas células nervosas até o cérebro.


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