FELICIDADE NÃO ESTÁ NO GENE
Nossa felicidade não é escrava dos nossos genes. Ao menos é o que afirma uma nova pesquisa publicada nesta segunda-feira (4) na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
O trabalho liderado por Bruce Heady, da Universidade de Melbourne, analisou dados da pesquisa sócio-econômica da Alemanha entre 1984 e 2008. A conclusão foi de que a felicidade das pessoas mudou ao longo do tempo, o que contraria a tese de que o nível de felicidade de uma pessoa é basicamente estável ao longo da vida.
Três fatores se mostraram muito importantes nesta variação ao longo dos 25 anos da pesquisa alemã. O primeiro deles diz respeito ao companheiro. “Encontrar um parceiro emocionalmente estável (não neurótico) é um grande fator. Um parceiro neurótico transforma sua vida em um inferno”, disse Headey.
A vida social também se mostrou muito relevante, segundo a pesquisa. “O envolvimento com amigos e vizinhos em atividades sociais é um grande ‘plus’ para a felicidade. Estudos mostram que as pessoas estão mais felizes (ou ao menos sorriem mais) quando estão com os amigos do que quando estão com os filhos que por sua vez é mais do que quando estão com os s parceiros (o pior de todos é estar com o chefe)”, completa Headey.
O terceiro fator está relacionado a atitudes altruístas e objetivos familiares. “Estas são receitas melhores para conquistar a felicidade do que o sucesso material e a carreira”, explica ele.
Os requisitos básicos para felicidade parecem estar apenas um pouco relacionados ao gênero. Geralmente, os homens se preocupam mais com a felicidade no trabalho e as mulheres com uma vida familiar mais satisfatória. Ou seja: mulheres são mais felizes com parceiros que dão mais prioridade à vida familiar. Agora quando se trata de subir na balança e medir o peso... “Mulheres são mais infelizes se estiverem muito acima do peso (sei que é um estereótipo, mas parece ser verdade)”, afirma Headey
Os resultados da pesquisa com dados da Alemanha também podem ser estendidos para outras populações do mundo. “Certamente os resultados seriam os mesmos em outros países, pelo menos nos países ocidentais. As coisas que fazem as pessoas felizes ou infelizes são basicamente as mesmas em todo o mundo. Os resultados da Alemanha também são válidos para Austrália e Grã-Bretanha que tem também estudos de longo prazo nesta área”, comenta Headey.
Fonte: Ultimo Segundo
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