quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SAIBA O QUE É, QUAIS OS SINTOMAS E TRATAMENTOS DO MAL DE PARKINSON

Doença neurodegenerativa caracterizada por tremores intensos e rigidez dos membros superiores e inferiores, o Mal de Parkinson, atinge, em geral, pessoas com idade acima dos 55 anos e tem como causa principal problemas de origem emocional, como ansiedade e angústia.

"O Parkinson é a doença dos sofredores crônicos. Não adianta apenas tratar os sintomas com remédios. O ideal é saber a causa do sofrimento e agir sobre ela, só assim os sintomas serão amenizados de maneira satisfatória", explica Cícero Coimbra, neurologista da Unifesp.

O que é ?
É uma doença neurodegenerativa provocada pela perda de células nervosas presentes na região da substância negra do cérebro. Essa região é responsável pelos estímulos dos movimentos, funcionando como uma espécie de facilitadora dos mecanismos de ação e reação do nosso organismo. Se há uma redução do número de células, há uma alteração desses mecanismos e acontecem os tremores e a rigidez característicos da doença. "A pessoa deixa de responder por seus movimentos, de acordo com o estágio da quadro clínico", explica Cícero Coimbra.

Sintomas
Os sintomas que caracterizam o Mal de Parkinson são os tremores intensos e a rigidez muscular, porém, a intensidade e a região afetada por eles variam de acordo com o estágio da doença em que o paciente se encontra. São essas:

Fase 1: em sua primeira fase, a doença atinge só um lado do corpo.

Fase 2: atinge os dois lados do corpo, e os sintomas podem aparecer inclusive na região da linha média do corpo (coluna).

Fase 3: aparecem as primeiras alterações no equilíbrio em consequência da rigidez muscular: "o paciente se sente preso em uma armadura dura e pesada. Quando perde o equilíbrio, não tem o apoio dos músculos do corpo, que o evitem de cair. Ele fica preso pela rigidez muscular", explica Cícero.

Fase 4: o paciente passa a necessitar de auxílio para desempenhar atividades simples do dia a dia, como os cuidados pessoais: colocar roupas, pentear os cabelos e tomar banho tornam-se tarefas difíceis.

Fase 5: a intensidade dos tremores e da rigidez muscular impede o paciente de se levantar e até de realizar atividades como comer. Fase 6: nos casos mais graves, pode ocorrer demência.

Tratamento
Para o neurologista Cícero Coimbra, o tratamento do Mal de Parkinson deve ser multidisciplinar, envolvendo o uso de medicamentos antidepressivos e, principalmente, atividades alternativas (terapia, exercícios e socialização) para estimular o paciente a se livrar do sofrimento. "Temos que tratar a causa do sofrimento, escutar o paciente e saber os reais motivos da dor emocional", explica o medico.

Três atitudes que podem auxiliar no tratamento da doença

- Nada de ficar recluso. "Quanto mais tempo o paciente se fecha por vergonha dos sintomas, mais deprimido ele ficará, e isso só piora a doença. Por isso, a melhor solução é aceitar o problema e reagir", recomenda o neurologista. Um exemplo de que esta é a melhor fórmula para conviver bem coma o problema é o ator Paulo José, de 68 anos, que mantém sua rotina de trabalho e não dá chance para a doença avançar. Ele conta que até se mostra mais entusiasmado hoje, depois do diagnóstico: "Na hora de trabalhar, não tenho Parkinson?", diz o ator.

- Família, médicos e amigos devem mostrar ao paciente que é possível conviver com a doença. Fazer com que o paciente se sinta útil e ativo o deixará mais estimulado a reagir à doença. "Deixe-o fazer as coisas, ficar o tempo inteiro em cima faz com que se sinta incapaz", recomenda o neurologista.

- Praticar atividades alternativas, como artesanato e pintura, ajuda a amenizar os sintomas e alivia o estresse emocional. "A área do cérebro responsável pela concentração na hora de executar estas atividades é a mesma que provoca os tremores. Se você usa essa área para executar as atividades, diminui a produção dos tremores", explica Cícero.

Fonte: Minha Vida

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