sábado, 5 de setembro de 2009

ENDOMETRIOSE


Pesquisadores estudam nova técnica para verificar a doença, que acomete de 15% a 20% das mulheres e pode causar infertilidade.

Um exame rápido e que não requer cirurgia poderá ser uma nova maneira de diagnosticar a endometriose, doença considerada uma das causas da infertilidade feminina. O estudo, feito por cientistas da Austrália, da Jordânia e da Bélgica, foi publicado no jornal médico Human Reproduction.

Hoje, a maneira mais comum de diagnosticar a endometriose é a laparoscopia, um procedimento cirúrgico e, portanto, mais invasivo. A outra opção, o ultrassom, identifica apenas os casos mais avançados da doença.

A nova técnica, de acordo com os pesquisadores, consiste na retirada de apenas uma pequena amostra do endométrio (tecido que recobre o útero) por meio de um exame ginecológico comum, sem anestesia. Então, a amostra seria enviada para análise a fim de verificar a presença de fibras nervosas no tecido – o que indicaria que a mulher tem o problema. De acordo com os pesquisadores, essa técnica teria quase 100% de precisão. No entanto, apesar da pesquisa ser promissora, ainda são necessários mais estudos para que esse exame se torne rotina nos consultórios médicos.


Cólicas muito fortes (durante ou após o período menstrual), incômodo durante a relação sexual e dificuldade para engravidar. Esses sintomas podem caracterizar a endometriose - problema que atinge cerca de 15% a 20% das mulheres em idade reprodutiva.



De acordo com Yong Joo, ginecologista do Hospital São Camilo, aproximadamente metade das que sofrem da doença tentam engravidar, mas não conseguem.

O problema surge quando o endométrio - tecido que reveste o útero e é eliminado todo mês pela menstruação - se fixa em outros órgãos, como ovários, ligamentos abdominais e pélvicos ou a bexiga. Geralmente, a endometriose é descoberta por volta dos 30 anos ou quando a mulher começa a tentar e não consegue engravidar (o que, hoje em dia, acontece cada vez mais tarde). "Apesar da dor ser comum, essa doença também pode ser assintomática. Por isso, a mulher geralmente descobre neste momento ", diz Joo.

Não há uma forma de prevenção da endometriose, mas há tratamentos que controlam o problema. A técnica mais comum é a laparoscopia, que permite observar os órgãos internos e verificar se há nódulos de endométrio fora do lugar. "Se o problema for diagnosticado, essa técnica também funciona como um tratamento inicial, pois cauteriza os nódulos de endométrio que estão fora do lugar", explica o ginecologista. Outros tratamentos são à base de hormônios e, em alguns (poucos) casos, a retirada do útero e dos ovários. Além disso, após engravidar, a própria gestação também pode ajudar. "A sobrecarga de progesterona que acontece no corpo da mulher durante essa fase acaba desestimulando os focos de endometriose", diz Joo.


Fonte: Crescer



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