sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

EU QUE AMO TANTO - MARÍLIA GABRIELA


A jornalista Marília Gabriela lança livro Eu que Amo Tanto, pela editora Rocco. No livro ela conta histórias de mulheres que fazem do relacionamento com seu parceiro o centro de suas vidas. Li a entrevista no site da revista ÉPOCA, e aqui publico só alguns trechos da matéria assinada por Danilo Casaletti.

Se você gostou do assunto vale entrar no site da revista e ler a matéria inteirinha. No livro Eu que Amo Tanto, há a história de uma mulher que, depois de anos de casamento e com uma filha adolescente, decidiu trocar o marido por uma mulher. Acabou adquirindo um ciúme doentio da nova companheira, a ponto de lhe dar uma surra por desconfiar que ela matinha contato com uma ex. Em outro caso, uma mulher conta que chegou a ligar 78 vezes para o namorado em um único dia.

Confira trechos da entrevista com a jornalista Marília Gabriela

ÉPOCA - Por que você quis conhecer o universo das mulheres que amam demais?
Marília Gabriela -
O assunto amor sempre foi meu foco de interesse. Sempre. Sou fascinada mesmo. Há mais de vinte anos eu leio a respeito de amores e relações afetivas, sempre discuti o assunto com analistas para tentar entender o mecanismo entre homens e mulheres. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar junto com o Jordi Burch, de fazer um livro com fotografias, logo pensei nas mulheres que amam demais. Por sua vez, o Jordi também sugeriu o tema amor.

ÉPOCA - Você é famosa, tem uma imagem de uma mulher forte, bem-sucedida. Isso ajudou na sua aproximação com essas mulheres?
Marília - Eu tenho uma técnica de entrevista que adquiri ao longe da carreira. Isso, claro, facilita na aproximação. Mas havia também o meu interesse franco e genuíno em ouvir o que essas mulheres falam. Porém, quando fui à primeira reunião, senti que elas se calaram. Teve uma que até saiu da sala. Percebi que era por minha causa e falei que não estava lá profissionalmente, pelo menos naquele momento, e que também era mulher, que tinha minhas mazelas e que gostaria muito de ficar e ouvir as histórias delas. No final da reunião, disse para elas que havia ficado muito impressionada e que elas estavam passando realmente por um grande sofrimento. No final da reunião, propus que elas, uma por uma, fossem a minha casa, me contar a história delas e que eu ofereceria em troca daquele momento de horror, um momento de beleza que seria um livro baseado nas experiências dela, sem qualquer sombra de julgamento, e uma exposição de fotos feitas pelo Jordi Burch.

ÉPOCA - Você se identificou com alguma história?

Marília -
Claro. Existem as escolhas que passam, invariavelmente, pela infância e pela relação com os pais. Enquanto conversava com elas, percebi algumas coisas que passei pela vida e que não conseguia ver com muita clareza. Percebi também por onde passa o ciúme. Vi que tem momentos que a gente tem vontade mesmo de fazer um escândalo, expor certas situações, mas a gente não faz, mas elas optaram por fazer. Essas mulheres são como todas nós. Tem a jornalista, a auxiliar de limpeza, a modelo, a professora. São mulheres possíveis. A gente passa por elas todos os dias. Elas vivem esse drama, mas a gente não as ouve, não as vê. Queria que elas tivessem um momento de atenção.

ÉPOCA - Você acha que os companheiros também são culpados ou colaboram para que essas mulheres tenham esse comportamento obsessivo?

Marília -
Sim. O problema é o casal. É muito fácil você desaparecer. Você colocar um ponto final no romance. Mas essas são histórias que duram muito tempo. Existe uma co-dependência aí. Tem casos no livro em que os homens arrumam outras mulheres, mas continuam na manutenção desses relacionamentos possessivos. Só que tem uma coisa: a mulher fala, se expõe, busca ajuda. Já os homens têm uma trava. Não falam de afetividade. Eu gostaria muito de, em um próximo trabalho, encarar esses homens que, ou amam demais, ou se permitem ser amados demais.

ÉPOCA - Você esteve segura mesmo quando foi casada com o Reynaldo Gianecchini, um dos homens mais desejados do Brasil?

Marília -
Sim, totalmente segura. O "Giane" foi de uma honestidade, de um amor tão claro e profundo...A gente se protegia tanto! Isso são palavras dele mesmo. Ele me diz que olha para trás e vê que a gente se protegia um ao outro. Com ele tive uma relação perfeita do início ao fim.

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