segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

CORPO HUMANO TEM NÚMERO EXTRAORDINÁRIO DE BACTÉRIAS

Ao ler essa matéria na revista Época eu fiquei assustada. Não sabia que a quantidade de bactérias era tão grande! Vale a pena ler a matéria completa na revista. Abaixo publico alguns trechos da matéria assinada por Peter Moon...

Noventa por cento das células de seu corpo não são humanas. São bactérias. Sem elas, você não viveria. Agora, os cientistas vão mapeá-las.

Olhe-se no espelho. Observe com atenção a imagem de seu rosto, de seus cabelos e de suas mãos. Note a pequena espinha que não estava lá ontem à noite; verifique se há algum novo fio de cabelo branco; repare nas marcas indeléveis da idade que vão se acumulando. Agora fique de perfil e repita aquela olhadela matinal – quase involuntária – que fazemos na esperança de perceber alguma mudança para melhor nos quilinhos a mais (ou a menos) em nossa cintura. A imagem refletida no espelho é seu corpo. Ou melhor, é apenas 10% dele, o conjunto formado pelos 100 trilhões de células humanas. Os outros 90% são invisíveis – e não são humanos. Trata-se de uma multidão com 1 quatrilhão de micro-organismos, um vasto ecossistema formado por centenas de espécies de bactérias, protozoários e fungos (sem falar num número desconhecido, mas supostamente bem maior, de vírus). Em sua grande maioria, esses micro-organismos são benéficos. Nós só estamos vivos porque eles existem.

Conhecer o DNA dessas bactérias pode ajudar a entender melhor suas funções individuais no organismo e saber como é que elas foram parar lá (a maioria dessas espécies só existe dentro do ser humano). Em algum momento no passado da humanidade – ou de nossos ancestrais – as bactérias do sistema digestivo trocaram a luta pela sobrevivência no meio ambiente externo pela segurança de nosso corpo. Em troca, passaram a nos servir, numa relação mutuamente vantajosa.

A exemplo do que acontece no sistema digestivo, colônias de bactérias proliferam na boca, na garganta, no nariz, nos olhos, em cada milímetro quadrado da pele, nos cabelos, nas unhas, nos sistemas urinário e reprodutivo. A vagina é uma prova da maior complexidade das mulheres em relação aos homens. É o órgão com a maior concentração microbiana do corpo, com exceção do intestino grosso. No interior desse último há 100 trilhões de indivíduos – número igual ao das células humanas.

O fim de uma única espécie pode refletir no todo. O consumo de açúcar e gordura, por exemplo, reduz a diversidade da flora intestinal – que pode ser reconstituída por meio de uma dieta vegetariana. Mas por que a diversidade bacteriana varia entre os seres humanos? Os membros de uma família geralmente têm uma flora similar. Mas pode ser muito diferente da família vizinha. Sabe-se também que a composição da flora varia geograficamente. Os brasileiros têm uma flora diferente dos americanos ou dos chineses. Ninguém sabe por quê. Ainda.

Fonte: Época

Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

  ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO