sábado, 7 de fevereiro de 2009

JORNAL NACIONAL RECONHECE ERRO EM REPORTAGEM SOBRE MEDICAMENTOS E PEDE DESCULPAS


Genérico tem que ser pelo menos 35% mais barato. Essa é a condição para esse tipo de medicamento entrar no mercado. Saiba a diferença entre medicamentos de marca, similares e genéricos.

O Jornal Nacional apresentou, na última segunda-feira, uma reportagem sobre os preços dos remédios, mostrando que os medicamentos de referência estavam mais baratos do que os genéricos, mas a reportagem estava errada e dezenas de telespectadores nos mandaram mensagens alertando para isso. Numa situação como essa, o JN se obriga a três coisas: a primeira é pedir desculpas, a segunda é agradecer aos que nos mandaram o alerta e a terceira é colocar os pingos nos "is".
Quem dá a explicação bem clara sobre os tipos de remédios encontrados nas farmácias é a repórter Zileide Silva. A técnica em enfermagem Elaine Silva troca, sim, um medicamento de referência, de marca, por um genérico. “Normalmente, quando eu vou ao médico, costumo perguntar se pode substituir e eles falam que sim”.
Já são dez anos com genéricos, os únicos remédios que podem substituir os medicamentos de marca receitados por um médico. Já são genéricos 18% dos remédios comercializados no país. Mesmo assim, ainda há quem não confie muito.
“Tem alguns que eu experimentei, a impressão pessoal minha é que não é a mesma coisa. Fica na dúvida, volto para o original”, opinou o aposentado Mário Oba. Dúvida que, segundo o diretor da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello, não deve existir.
O genérico, ele garante, é tão eficaz e seguro quanto o de marca e, por isso, pode substítuí-lo. “Esses genéricos passam por testes e esses testes são monitorados e acompanhados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária”. Os medicamentos de referência trazem a marca, o nome do produto, na embalagem.
Os genéricos, uma tarja amarela com um "G" de genérico. E ainda tem os similares, que lembram muito os de referência. Também são conhecidos pela marca e têm o mesmo princípio ativo, a mesma substância usada no medicamento de referência. Também já começaram a ser testados, mas, por lei, não podem substituir o de marca.
Na farmácia, o farmacêutico é obrigado a saber e a explicar se um medicamento é de marca, similar ou genérico e ainda tem outra diferença.
Para entrar no mercado, para chegar na prateleira, o genérico tem que ser mais barato. No mínimo, 35%. É claro que depois tem a concorrência e, para vender mais, qualquer laboratório, de genérico ou de marca, pode reduzir seus preços. E muitos fazem isso, o consumidor percebe. “Hoje em dia, tem genérico bem mais caro”, diz uma mulher. Mas para a grande maioria, a principal vantagem do genérico ainda é mesmo o preço. “É bem mais barato”, diz um homem. “Sempre que eu busco é mais barato”, diz uma mulher.
E, segundo a Associação Brasileira de Genéricos, esta é mesmo uma tendência. “A concorrência dos genéricos os dez anos tem feito que todos os medicamentos no Brasil, de alguma forma, tenham preço reduzido. E tudo isso é positivo, porque quem ganha são as pessoas que precisam de medicamento”, disse Odinir Sinotti, vice-presidente da Pró-Genéricos.
O contínuo Valdemar Pereira da Silva, que só compra genéricos, concorda. “O medicamento me dá resultado, satisfaz a dor que eu estou sentido, resolve qualquer problema, obtenho resultado”.

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