domingo, 7 de setembro de 2008

CIENTISTAS FAZEM MAPA GENÉTICO DO CÂNCER

Boa notícia! Espero que um dia os cientistas descubram maneiras de como evitar doenças como o câncer. Prevenir é o melhor remédio...

Feito pode ajudar diagnóstico e tratamento de tumores. Principal descoberta foi o 'caos' nos genes mutados.

Cientistas fizeram um mapa das alterações genéticas que transformam células normais do cérebro e do pâncreas em dois dos tumores mais letais conhecidos. Os resultados apontam para uma nova forma de lutar contra o câncer e de descobri-lo mais cedo.

A genética do câncer sempre foi um assunto complicado porque os genes culpados pelo tumor cerebral de uma pessoa são diferentes dos envolvidos no de outra. Mas três estudos publicados nesta semana nas revistas "Science" e "Nature" descobriram que pedaços de genes muito diferentes entre si seguem o mesmo caminho para entrar em ação e formar um tumor. Logo, em vez da caçada atual por remédios que ataquem apenas um gene, a idéia é atacar a rota que a maioria deles segue. Como entregar as cartas para apenas uma caixa postal no fim da rua, em vez de colocá-las em todas as casas. É um marco para a genética do câncer.

“É a nova onda”, afirmou Phillip Febbo, da Universidade Duke, que não está envolvido com a pesquisa. “O que é realmente importante é que encontrar esse elemento comum sugere que há intervenções terapêuticas que podem ajudar todo o grupo.”

Até hoje, os cientistas encontraram apenas uma pequena fração das alterações genéticas que explicam qualquer uma das 200 doenças que recebem o coletivo nome de “câncer.” Tumores diferentes requerem efeitos dominó diferentes para que as alterações genéticas apareçam, e também para determinar sua gravidade e qual tratamento vai funcionar.

Os mapas não incluem apenas genes mutados. Eles citam desaparecidos, extras, superativos ou sub-ativos. É a análise mais abrangente dos tumores humanos já realizada.

Equipes lideradas pela Univesidade Johns Hopkins examinaram mais de 20 mil genes em tumores tirados de 24 pacientes com câncer de pâncreas e 22 com o tumor cerebral mais grave que existe, o glioblastoma multiforme. Separadamente, o projeto Atlas do Genoma do Câncer – uma rede financiada pelo governo americano com 18 centros médicos – analisou 600 genes em glioblastomas de 206 pacientes.

A primeira equipe encontrou centenas de mudanças genéticas, incluindo um gene especialmente intrigante: o IDH1. Segundo o levantamento, 12% dos pacientes de glioblastomas, a maioria jovens, tinha uma versão mutada que estendia o tempo de sobrevivência: a média subiu de 1.1 ano para 3.8 anos.

Se novos estudos comprovarem o efeito, os médicos podem, no futuro, usar testes para detectar o gene e determinar o prognóstico. Depois, podem verificar se algum remédio funciona melhor em pessoas com ele.

A principal descoberta foi o “caos” genético do câncer. Nenhum tumor era idêntico a outro. O câncer pancreático típico continham 63 alterações genéticas; o cerebral, 60.



Fonte G1 - Da AP
04/09/08 - 21h36 - Atualizado em 04/09/08 - 21h36
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL748873-5603,00-CIENTISTAS+FAZEM+MAPA+GENETICO+DO+CANCER.html

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